DISCURSOS

Alexandre Silveira

Ministro de Minas e Energia do Brasil
Minister of Mines and Energy of Brazil

Transcrição em português

Bom dia a todas e a todos, é uma alegria muito grande estar pisando nesse solo sagrado que é a nossa querida Minas e Gerais. Cumprimentar o presidente Lula e aqui na condição de seu liderado, mas também na condição de mineiro, destacar e reconhecer e agradecer, presidente, a sua sensibilidade política, sua sensibilidade humana e seu gesto democrático de preocupar sempre com esse Estado que tem o maior número de municípios do Brasil, 853 municípios, um sexto dos municípios do país. E destacar que o senhor sempre nos determina tratá-los todos de forma extremamente vigorosa para implementar as políticas públicas de combate à desigualdade.

Cumprimentar o vice-presidente Geraldo Alckmin e destacar, vice-presidente, a alegria de ser colega do senhor, alguém com a sua história, com o seu espírito público. Cumprimentar o vice-governador Mateus Simões e o governador Romeu Zema presentes aqui, os nossos anfitriões na casa, o Shiryaev e o Gustavo, e dizer, Gustavo, que o Brasil é solo fértil para investimento, está extremamente bem colocado geopoliticamente, tem estabilidade social e política, respeita contratos, por isso é muito importante que a gente cada vez mais faça a boa política, que é a política do diálogo permanente em busca da construção de investimentos que vão realmente atender o desenvolvimento nacional. E é isso que nós estamos estabelecendo, em especial num momento tão ímpar, onde o presidente Lula reabre o diálogo com o mundo.

Cumprimentar a Rosângela e a Marissol, em nome dela, cumprimentar todos os funcionários, os colaboradores da EuroChem, verdadeiro motivo do seu desenvolvimento, cumprimentar o ministro Rui Costa e destacar, Rui, a alegria de ser liderado, coordenado por alguém com sua experiência, com seu espírito público, com seu espírito nacionalista e que nos lidera com tanta maestria, a fim de que a gente alcance o grande propósito do nosso governo, que é cuidar das pessoas. Cumprimentar meu colega, amigo Carlos Fávaro, responsável pela segurança alimentar do nosso país e por abrir mercados para que a gente continue sendo reconhecido pela nossa grande vocação, que é a vocação de ser celeiro do mundo. Cumprimentar o presidente Tadeu Leite, em nome dele estender, presidente da Assembleia, todos os meus cumprimentos e a minha mais profunda respeito a todas as amigas e amigos da Assembleia Legislativa, que são muitos aqui. Eu estou vendo a Leninha e muitos outros aqui atrás, Vitor Saback, o nosso secretário de Geologia, o Caio, nosso recente presidente, nomeado na Agência Nacional de Mineração, já na gestão do senhor.

Cumprimentar o Joca, em nome dele não deixar de reconhecer, mais uma vez, que os prefeitos municipais e os vereadores são, na federação, as maiores autoridades federativas, porque estão no dia a dia da comunidade, são os mais próximos das pessoas. Cumprimentar o ex-ministro Anderson Adauto, mineiras e mineiros, alegria ver, presidente, mais uma vez, o senhor aqui em Minas Gerais, mais uma vez, em menos de dois meses, segunda vez aqui no nosso Estado. Esse povo que acreditou em um projeto de Brasil mais unido, focado em achar soluções para os problemas reais da nossa sociedade.

Nossa gente confiou nos resultados concretos dos seus dois primeiros governos e levou, mais uma vez, o presidente a governar o nosso país. O governo do presidente Lula não vive de narrativa, de rede social, de ficar mandando um recado. A gente trabalha, vice-presidente Geraldo Alckmin, para levar ações de verdade para melhorar efetivamente a vida de brasileiras e brasileiros. E hoje temos mais um resultado importante para mineiras e mineiros de todo o Brasil. Inauguramos aqui uma planta integrada de fertilizantes. Isso significa diminuir a dependência do Brasil de fertilizantes.

Significa mais competitividade para o agro, ministro e amigo Fávaro. Somente essa entrega, a planta da EuroChem, vai aumentar 15% na produção nacional de fosfato. É mais um milhão de toneladas de fertilizantes por ano produzido aqui, prefeito Joca, em Serra do Salitre. Mineração justa em três palavras. Significa geração de emprego e renda. E aqui eu rendo as minhas homenagens à Euroquem, pelo seu trabalho incansável em fazer a inclusão da mulher no setor mineral. A EuroChem tem 30% de servidoras mulheres aqui nessa fábrica, presidente. E nós queremos estender isso a todo o setor mineral nacional. É mais de um milhão de toneladas de fertilizantes por ano produzido aqui, mais uma vez destaco. Mineração, todo esse esforço significou a criação de 3.500 empregos durante a fase da obra. Agora teremos quase 1.500 empregos diretos e outros 3.000 empregos indiretos para essa região. As empresas precisam seguir o exemplo da EuroChem hoje, produzindo efetivamente no Brasil, gerando emprego e renda para a nossa gente.

Quero lhe apresentar, presidente, um diagnóstico da mineração do Brasil. É irresponsável o que infelizmente nós temos por parte das grandes mineradoras no país. Infelizmente, os potenciais do Brasil não estão sendo bem utilizados. É inaceitável que algumas fiquem 50 anos com os direitos minerários sem explorá-los. É riqueza para o Brasil que está parada, deputado Zé Silva, deixando de gerar milhares de empregos que é o que interessa para combater efetivamente a desigualdade. Isso tudo somente para algumas mineradoras que especulam fazerem reserva de mercado. Isso tem e vai acabar. Isso vai mudar, presidente Lula. Queremos conteúdo local. Queremos um Brasil desenvolvido, melhor para o nosso povo. O governo do presidente Lula tem um compromisso com a segurança alimentar das pessoas. Por isso, temos trabalhado com uma mineração mais segura, socialmente justa e ambientalmente sustentável. E hoje, além da inauguração da planta de fertilizantes, também estamos lançando um novo plano de mapeamento geológico e levantamento de recursos minerais para o Brasil. Esse planejamento vai permitir que essa mineração do país saiba para onde está indo. Com esse mapeamento, seremos capazes de aproveitar o solo de forma mais eficiente e produtiva. Também estamos confirmando, sob a sua orientação, presidente, a instalação do Conselho Nacional de Política Mineral, o CNPM. E na primeira reunião do CNPM, já no próximo mês, ministro Rui, vamos propor o programa de mineração para segurança alimentar. Vamos priorizar o mapeamento geológico dos minerais fundamentais, tanto críticos quanto fertilizantes. O aumento da produção de fertilizantes vai impactar na produção de alimentos, a nossa grande vocação. O fertilizante mais barato vai beneficiar a produção agrícola e baixar o preço dos alimentos. Vai reduzir o preço da comida que chega no prato do povo. Essa dependência internacional tem e vai acabar. O governo do presidente Lula tem coragem e compromisso com a nossa gente. Queria cumprimentar através do nosso líder, Odair, todos os parlamentares aqui presentes, Reginaldo, Andar, Ercílio, Rogério. Queria cumprimentar minha amiga Gleide, essa combativa e grande líder da nossa Minas, tão representante da nossa mulher, o Flávio, representante do setor produtivo do nosso Estado. Abraçá-lo a todos e registá-lo mais uma vez. Contem conosco para trabalhar em pau de um país mais solidário, fraterno e justo.

Muito obrigado, presidente Lula, pela confiança dada a este mineiro de fazer parte da sua equipe como ministro de Minas e Energia do Brasil. Parabéns, Serra do Salitre.

English transcription

Good morning, everyone. 

It’s a great joy to be on the sacred soil of our beloved Minas Gerais.

I want to congratulate President Lula. And in the capacity of your subordinate but also as a Minas Gerais native, I want to highlight, recognize, and thank you, Mr. President, for your political sensibility, human sensibility and democratic gesture of always being about this state, which has the largest number of cities in Brazil eight-hundred and fifty three in total, or one sixth of all the country’s municipalities. I want to emphasize how you have always lead us to treat them all, in the most vigorous way, to implement public policies to combat inequality.

I’d like to congratulate Vice-President Gerardo Alckmin. It’s a great joy to be your colleague. Someone with your trajectory, your public spirit. 

My greetings to Deputy Governor Matheus Simões, Governor Romeu Zema, who are here today. Our hosts in the house, Shryaev and Gustavo.

And I must say, Gustavo, that Brazil is a fertile soil for investment, it’s extremely well positioned geopolitically, it has social and political stability, it respects contracts. That’s why it’s so crucial that we do good politics, which is the politics of permanent dialogue, as we look for investments that will truly drive the national development.

And that’s what we’re doing, especially at such a unique time,  when President Lula has reopened dialogue with the world. I want to congratulate Rosângela and Marissol, and in their name, to greet all EuroChem’s employees, who are the reason for its development,  and also Minister Rui Costa and highlight the joy of being led by someone with his experience, his public and patriotic spirit, who leads us so masterfully so that we can achieve the great purpose of our administration, which is to take care of people.

I want to congratulate my colleague and friend, Carlos Fávaro,  who’s in charge of our country’s food security and opening up markets so that we can continue to be recognized for our great vocation, which is to be the world’s breadbasket.

A warm greeting to Mr. Tadeu Leite, Speaker of the State Assembly, and my deepest respect to all my friends of the Legislative Assembly, many of whom are here, I can see Leninha and many others back here, Vitor Saback, our Secretary of Geology, and Caio, who’s been recently-appointed to the National Mining Agency, already under your administration.

I want to greet Joca on his behalf, to make sure we recognize once again that mayors and councilors are the highest authorities in the federation, as they live the everyday of communities, and are the closest to the people. The former Minister, Anderson Adauto, and the people of Minas Gerais. It’s a great joy to see you here in Minas Gerais once again, Mr. President. For the second time in our state in less than two months. 

These people, who believed in a more united Brazil, focused on finding solutions to our society’s true problems.

Our people trusted in the concrete results of your first two administrations, and once again chose you as President to govern our country. President Lula’s administration is not about narratives, social media, or sending messages to others. We work, Vice-President Alckmin, to come up with real initiatives that can effectively improve the lives of the Brazilian people. And today we have yet another important milestone for Minas Gerais and Brazil.

We inaugurated an integrated fertilizer plant here. This means reducing Brazil’s dependence on fertilizers. It translates into more competitiveness for agriculture, Minister and friend, Mr. Fávaro. EuroChem’s plant alone will increase national phosphate production by 15%. That’s an extra million tons of fertilizer per year produced right here, in Serra do Salitre, Mayor Joca. It’s fair mining, in four words: “generating jobs and income.”

And I pay tribute to EuroChem, for its tireless work to include women in the mining sector. EuroChem has 30% female employees at this plant, Mr. President. And we want to extend this to the entire national mineral sector.

That’s over a million tons of fertilizers per year produced right here, I must highlight. Indeed, this mining effort led to the creation of 3.500 jobs during the construction phase. Now we’ll have almost 1.500 direct jobs and another 3.000 indirect ones in the region.

Companies need to follow the example set by EuroChem by effectively producing in Brazil, thereby generating jobs and income for our people.

I would like to present, Mr. President, a diagnosis of mining in Brazil.

It’s quite irresponsible, what big mining companies have unfortunately done in our country. Unfortunately, Brazil’s potential is unrealized at this point. It’s unacceptable that some of them hold their mining rights for 50 years without exploiting them.

That’s Brazilian wealth sitting idle. Failing to generate thousands of jobs, Congressman Zé Silva, which is what truly matters to effectively combat inequality. All just for a few speculating mining companies as they aim to protect the market. That must and will end. That will change, President Lula. We want local content. We want a developed Brazil, better for our people. President Lula’s administration is committed to people’s food security. That’s why we’ve been working with safer, socially fair, and environmentally sustainable mining. Today, in addition to the inauguration of the fertilizer plant, we are also launching a new geological mapping and a survey of mineral resources in Brazil. This plan will allow mining in this country to know where it’s headed. Indeed, this mapping will enable us to use the soil more efficiently and productively.

We are also confirming, under your guidance, Mr. President, the inception of the National Mineral Policy Council, the CNPM. And at the first meeting of the CNPM, scheduled to happen next month,  we’re going to propose the mining system program for food security.  We will prioritize the geological mapping of fundamental minerals, both critical and fertilizing.

Increased fertilizer production will have an impact on food production, which is our greatest vocation.

Cheaper fertilizer will benefit agriculture and lower food prices. It will reduce the price of food on people’s tables. This international dependence must and will end. President Lula’s administration is brave and committed to our people. On behalf of our leader, Odair, I’d like to greet the legislative members gathered here, Reginaldo, Andar, Ercílio, Rogério. I’d like to say hello to my friend Gleide, this combative and great leader, so representative of Minas and our women, and Flávio, representing our state’s productive sector to embrace you all and highlight once again:

Count on us to work for a more humane, fraternal, and just country.

Thank you, President Lula, for placing your trust in this Minas Gerais native, who’s taking part of your team as Brazil’s Minister of Mines and Energy. 

Congratulations to Serra do Salitre.

Carlos Fávaro

Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil
Minister of Agriculture, Livestock, and Supply of Brazil 

Transcrição em português

Bom dia, senhoras e senhores, queria, ao cumprimentar o presidente Lula, cumprimentar todas as autoridades já amplamente nominadas, para ser breve e objetivo, trago aqui uma mensagem de muita alegria. Nos últimos dias, o agronegócio, a agropecuária brasileira vive momentos de alegrias e realizações. Ainda ontem, antes do amanhecer do dia, fomos comunicados de um fato histórico extremamente relevante. 

Começamos o dia, né, presidente, com um anúncio por parte do governo chinês, com a habilitação histórica, nunca antes na história desse país. É assim, presidente, 38 novas plantas frigoríficas brasileiras habilitadas de única, única vez. Significa confiança no Brasil, respeito à nossa diplomacia, aos laços de amizade estabelecidos com a volta do presidente Lula ao comando desse país, a relação do Brasil com a China sendo fortalecida, geração de empregos, oportunidades, confiança na qualidade dos alimentos brasileiros, oportunidade do campo, geração de emprego, riqueza no Brasil. 

Enquanto ainda comemorávamos esse anúncio, no meio da tarde vem o comunicado do governo das Filipinas, quando ainda no primeiro mês do nosso governo, em janeiro do ano passado, decidimos pela opção entre renovar o status de negociação de proteínas animais com as Filipinas ou mudarmos, trabalharmos pela busca da mudança do status. Buscando o prelisting, presidente, que é o reconhecimento das Filipinas com todo o sistema de produção de proteínas animais brasileiros através do CIF [Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde], o caminho mais difícil, mais árduo. 

O presidente Alckmin nos ajudou muito e nós começamos passo a passo a mostrar aos filipinos que era possível delegar ao Brasil a confiança de ser o maior vendedor de proteínas animais para aquele país. Ontem, durante a tarde, a Filipinas nos comunica que reconhece e nos autoriza o sistema de prelisting e 127 plantas frigoríficas brasileiras que desejavam vender para as Filipinas foram autorizadas também. Um grande recorde e certeza de mais geração de emprego, mais geração de oportunidades. 

Amanhece o dia 13 e o 13 é um número muito cabalístico, muito feliz para nós, estamos aqui em Minas Gerais para mais um grande anúncio, mais uma alegria, uma realização. A inauguração dessa planta que hoje representa 15% da produção de fosfato para o Brasil. Fertilizantes que declaramos ser de soberania nacional, porque significa alimento. E alimento é um povo feliz, pacífico e ordeiro mais do que esses investimentos. 

E aí quando digo que é 15%, quero já fazer um agradecimento a todo o grupo EuroChem, a confiança no Brasil, a certeza que estão investindo no lugar certo para produtores e produtoras certos e vocacionados. Estamos implementando um crescimento sustentável da nossa agropecuária. Vamos incentivar com o decreto do presidente Lula a conversão de mais de 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produção para a alta produtividade. E para isso, fertilizante é fundamental. 

Este investimento, que hoje é de 15% da produção nacional, precisa e pode ser aumentado não só para fosfato, mas também para potássio, para nitrogenados, na garantia de que teremos consumo e oportunidades à EuroChem.

Quero aqui agradecer, presidente, o seu entusiasmo, as suas orientações, o seu otimismo para com esse setor da economia brasileira e as orientações para que continuemos tendo, dia após dia, as políticas públicas voltadas a fazer deste agro cada vez mais forte, mais próspero, gerador de oportunidades. E que Deus nos dê bênçãos, saúde para continuar cumprindo esse legado com o povo brasileiro. Muito obrigado.

English transcription

Good morning, ladies and gentlemen. I want to congratulate President Lula, as well as all the authorities already named at length, so I can be brief and to the point. I bring you a message of great joy. In the last few days, Brazilian agribusiness has experienced moments of joy and  achievement. Just yesterday, before dawn, we were informed of an extremely important historical milestone. At the dawn of that day, Mr. President, we received an announcement from the Chinese government, about a historical milestone, never seen before in the history of this country. Is that how you say it, Mr. President? Thirty-eight new Brazilian meatpacking plants have been cleared for exportation in one go.

This fact indicates trust in Brazil. It shows respect for our diplomacy, and the strengthening of the ties of friendship resulting from President Lula’s return to the office. The strengthening of Brazil’s relationship with China, new jobs and opportunities, the trust placed in the quality of Brazilian food, agricultural opportunities, and the creation of employment and wealth in Brazil. While we were still celebrating this announcement, in that very afternoon, the Philippine government issued a statement, when in the first month of our government, in January of last year, we had to choose between two options. Renewing the negotiation status in place, regarding animal protein with the Philippines, or changing it, to work towards a change of status, seeking a prelisting, Mr. President, which represents the Philippines’ recognition of the entire Brazilian animal protein chain through CIF, which happened to be the hardest, most arduous path. President Alckmin helped us a lot. And we started, step by step, to show the Philippine people that they could trust Brazil to become the largest seller of animal proteins to that country.

Yesterday, in the afternoon, the Philippine government reached us, and granted us the pre-listing, with 127 Brazilian meatpacking plants that aspired to sell their products to the Philippines also cleared. It is a great record, which assures us, that more jobs and opportunities will be created. The 13th dawned, and 13 is a happy, cabalistic number for us. 

We’re here in Minas Gerais to announce yet another great, joyful achievement. The inauguration of this plant, which today accounts for 15% of Brazil’s phosphate production. Fertilizers that we declare to be national sovereignty, because it means food. And food means a happier people, peaceful and orderly. More than these investments, and when I say the total amounts to 15%, I must thank the EuroChem group, for placing their trust in Brazil. Rest assured that you are investing in the right place,  for the best, most inclined farmers. We are implementing sustainable growth in our agricultural sector.

Through President Lula’s decree, we’re going to convert an extra 40 million hectares of pasture from low to high productivity. And fertilizers are crucial for this. This investment, which today amounts to 15% of national production, needs to and can be increased, not only for phosphate but also for potassium and nitrogen, to ensure that we will have consumption and opportunities for EuroChem. I’d like to thank you, Mr. President, for your enthusiasm, your guidance, your optimism toward this sector of the Brazilian economy, so that we can, day after day, have public policies aimed at making the agro-industry, increasingly strong, prosperous and opportunity-generating. May God give us blessings and good health to create this legacy to the Brazilian people.  Thank you very much.

Geraldo Alckmin

Vice-presidente da República e Ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
Vice President of the Republic and Minister of Development, Industry, Trade, and Services

Transcrição em português

Bom dia, bom dia a todas e a todos, quero cumprimentar o presidente Lula, cumprimentar o governador Zema, cumprimentar o prefeito Joca, os parlamentares aqui presentes, ministros, Oleg Shiryaev, presidente global da EuroChem, o Lambert, o Gustavo Horbach, uma saudação ao Galvani, que vejo aqui presente, muito afetiva, e cumprimentar a família EuroChem. Dizer que esse café saboroso do governador Zema é que o fosfatado é da EuroChem. Dizer que esse investimento é importantíssimo, um bilhão de dólares, mil e duzentos empregos, um milhão de toneladas de fosfatados aqui produzidos. Isso representa 15% da produção brasileira, nós vamos deixar de importar para minerar e fabricar aqui, gerando emprego e renda.

E dizer à EuroChem que pode investir mais, o Brasil vive um bom momento. Depois de um ano do governo do presidente Lula, o risco Brasil, que era 254, caiu para 128, o dólar, que era R$5,40, caiu para R$4,90, o desemprego caiu, a inflação caiu, subiu o PIB, subiu a Bolsa e subiu a renda das famílias brasileiras. É a maior renda desde o plano real, desde 1995, desde o plano real, é o maior crescimento da renda brasileira.

E vem ao encontro esse investimento da nova indústria Brasil, que o presidente Lula lançou, uma indústria inovadora, então para pesquisa, desenvolvimento e inovação, TR, 4% de juros ao ano. São 102 bilhões de crédito que nós teremos, BNDES, EMBRAPII, FINEP, uma indústria verde, sustentável, descarbonização, preservação das florestas, das matas e produtividade como o dos fertilizantes. Uma indústria competitiva e dizer que tem dois projetos de lei, aqui a EuroChem, que estão no Congresso encaminhados pelo presidente Lula, um cria LCD, Letra de Crédito de Desenvolvimento, para ter juros mais baratos para a indústria. A indústria está na ponta da pesquisa, da inovação, paga salários mais altos e agrega valor.

Está também no Congresso, aqui temos os deputados federais, o Projeto de Lei da Depreciação Superacelerada, trocar máquinas, trocar equipamentos, ao invés de depreciar em 15 anos, deprecia em dois anos, com redução de imposto de renda de pessoa jurídica e contribuição social sobre lucro líquido. Então todo o apoio para o desenvolvimento, geração de emprego e renda. E finalmente a reforma tributária, uma reforma esperada desde Rui Costa, o nosso primeiro mandato.

Trinta anos esperada, a reforma tributária vai impulsionar a economia, ela traz eficiência econômica, os estudos mostram que em 15 anos ela pode fazer o PIB crescer 12%. Ela desonera totalmente o investimento e desonera totalmente a exportação, fará a economia crescer ainda mais. Mas quero deixar um abraço muito carinhoso para todas e todos e lembrava aqui o Presidente Lula, Governador Zema, do meu saudoso pai, que era veterinário e ele dizia, não tem bom pecuarista se não for bom agricultor. É preciso produzir o alimento para poder ter proteína animal, ter carne e para produzir alimentos precisa ter solo e solo é fertilizante. Muito sucesso, EuroChem.

English transcription

Good morning. Good morning, everyone. I want to congratulate President Lula and Governor Zema, Mayor Joca, the legislators and Ministers who are here today, Oleg Shiryaev, the CEO of EuroChem, Lambert, Gustavo Horbach, as well as Galvani, who I see here today, very warmly. And to  congratulate the EuroChem family, too. I must say that this tasty coffee offered by Governor Zema, has been grown with EuroChem’s phosphate.

I must say that this investment is a rather significant one. One billion dollars, twelve hundred new jobs, one million tons of phosphate fertilizers produced right here. This accounts to 15% of Brazilian production. We’re ready to stop importing and start mining and manufacturing them here, thereby creating jobs and income. I want to tell EuroChem that they can invest even more. Brazil is going through good times. 

Over the first year of Lula’s administration, Brazil’s risk rating score, which was 254, plunged to 128. The US dollar, which traded at 5.40 reais, is now trading at 4.90. Unemployment is down, the inflation is down, the GDP has gone up, and so has the stock market and the income of Brazilian families.

This is the highest income since 1995, since the inception of the Brazilian Real. This has been the highest growth in Brazilian income ever since. And this aligns with the investments made by the new industry in Brazil that President Lula has set in motion, which is an innovative industry. For research, development and innovation, the reference interest rate is set at four percent per year. We are granting 102 billion in credit through BNDES, EMBRAPII, FINEP, to green, sustainable industry, to achieve  decarbonization, forest and woodland preservation, as well as productivity driven by fertilizers. It is a competitive industry. I must also tell EuroChem that we have two bills sent to Congress by President Lula. 

One creates the LCD, a development credit bill, aimed at making interest rates lower for industry. Industry is at the forefront of innovation, it pays higher wages and adds value. It’s also progressing through Congress, we have federal deputies here today, the bill for accelerated bonus depreciation, aimed at the replacement of machinery and equipment.

Instead of depreciating over 15 years, they will depreciate in two years, thereby reducing corporate income tax, and social contribution on net profit. We’re offering all the support to boost development, and create jobs and income. Lastly, we have the tax reform, a reform that has been expected since Rui Costa, in our first term. Thirty years of waiting. The tax reform will boost the economy, for it achieves economic efficiency. Studies show that in 15 years, it could increase GDP by 12%.  It totally exempts investment as well as exports. This will drive our economy even further.  I want to wish everyone all the best, and to remind you all, President Lula, Governor Zema, of my late father, who was a veterinarian.

He used to say, “You can’t be a good cattle farmer if you are not a good farmer.” You must produce food so you can have animal protein and meat.

And to produce food, you need soil. And to enrich the soil, you need fertilizers. I wish EuroChem every success.

Gustavo Horbach

Presidente da EuroChem para América do Sul
Head of South America at EuroChem

Transcrição em português

Olá, bom dia a todos, bom dia a todas. Eu não vou nominar novamente as autoridades aqui presentes porque o meu amigo Prefeito Joca já fez isso muito bem, não vou novamente nominá-las. Mas devo dizer somente que a presença dos três poderes aqui, nas diferentes esferas de governo, municipal, estadual e federal, mostram o quão relevante é a nossa indústria, mostram o quão suprapartidária e supraideológica a nossa indústria é. A nossa indústria, a agroindústria, garante a segurança alimentar de bilhões de pessoas.

Nós, indústrias de fertilizantes, especialmente a EuroChem, mesmo sabendo que somos um pequeno elo nessa cadeia, temos um profundo orgulho de pertencer a ela. Temos um profundo orgulho de ajudar os nossos fazendeiros e o nosso país a produzir nos campos da nossa pátria os alimentos que garantem a segurança alimentar de bilhões de pessoas. Hoje, aqui, inauguramos um complexo de Serra do Salitre. Esse complexo nasceu de um sonho, nasceu do sonho do engenheiro Rodolfo Galvani, que está aqui conosco hoje. E graças ao trabalho árduo de dezenas de milhares de pessoas, hoje se materializa em realidade. Mais do que o um bilhão de dólares que foram investidos com caixa totalmente própria da EuroChem, mais do que um bilhão de toneladas de fertilizantes que nós vamos adicionar ao mercado local, até mais do que os 11 milhões de homem-horas trabalhados sem acidentes, devo dizer que o principal impacto e o principal legado que mais nos orgulha enquanto empresa é enxergar claramente a transformação que essa comunidade passou. Serra do Salitre nos abraçou com braços abertos, foi extremamente parceira, entendeu as nossas dificuldades e sempre esteve à nossa espera para ajudar no que fosse preciso. E talvez eu deva dizer que a nossa principal missão no Brasil que é a nossa escolha reside em duas grandes direções. 

A primeira é continuar impactando positivamente as comunidades que nos recebem aqui em Serra do Salitre ou as outras 20 comunidades onde temos unidades aqui no Brasil. E segundo, reafirmar o nosso compromisso com o Brasil, com a nossa pátria, de fazer com que cada vez mais a dependência que temos de importações de fertilizantes seja gradativamente reduzida, contando para tanto com o apoio do governo, seja ele municipal, estadual e federal. Por fim, meu muito obrigado a todos que aqui estão hoje, mas meu profundo muito obrigado a todos os nossos colaboradores que de maneira árdua e incessante entregaram aqui o seu melhor para a empresa, para o mercado, para a agricultura, para a nossa pátria.

Muito obrigado.

English transcription

Hello, good morning, everyone.  I’m not going to name all the authorities who are here again, because my friend, Mayor Joca, has already done this quite well. I won’t mention them again, but I must say, however, that the presence of the three powers here today, in all levels of government, local, state and federal, shows how relevant our industry is. It shows how supra-partisan and supra-ideological our industry is. Our industry, the agro-industry, ensures food security for billions of people. We, the fertilizer industry, especially EuroChem, although we know we are but a small link in this chain, we are deeply proud to be part of it.

We take great pride in helping our farmers and our country to produce, in the fields of our homeland, the food that ensures food security for billions of people. We are here today to inaugurate the Serra do Salitre facility. 

This complex was born out of a dream. The dream of engineer Rodolfo Galvani, who has joined here today. And thanks to the hard work of tens of thousands of people,  this dream has come true. More than the one billion dollars that have been invested using EuroChem’s own money, more than one million tons of fertilizer we’re going to add to the local market, and even more than the 11 million man-hours completed without  accidents, I must say that our primary impact and the legacy we are most proud of as a company is to witness the transformation this community has undergone. Serra do Salitre has embraced us with arms wide open. It has been extremely supportive, it has understood our challenges and has always helped us with whatever we needed. Perhaps I should also say that our primary mission in Brazil, which is our choice, lies in two main directions. 

The first is to continue to make a positive impact on the communities that have welcomed us, both in Serra do Salitre and other 20 communities where our units operate in Brazil.

Secondly, we must reaffirm our commitment with Brazil, our homeland, so that more and more our dependence on imported fertilizers can be  gradually reduced. To achieve that, we count on the local, state, and federal governments. Finally, I’d like to thank everyone who is gathered here today, but I offer my deepest thanks to all our employees, who, in such an arduous and incessant manner, have given their best for the company, the market, agriculture, and our homeland.

Thank you very much.

Joca Silveira

Prefeito de Serra do Salitre
Mayor of Serra do Salitre

Transcrição em português

Bom dia a todos, sejam todos bem-vindos à Serra do Salitre. Gostaria de cumprimentar o excelentíssimo Presidente da República Luiz Inácio da Silva, o excelentíssimo Vice-Presidente da República, o Senhor Geraldo Alckmin. Excelentíssimo Governador do Estado de Minas Gerais, Romeu Zema. Excelentíssimo Vice-Governador do Estado de Minas Gerais, Mateus Simões. Excelentíssimo Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa. Excelentíssimo Ministro do Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Excelentíssimo Ministro de Minas e Energia, Alexandre da Silveira. Excelentíssimo Presidente da EuroChem, Gustavo Horbach. Autoridades presentes, deputados, também cumprimentar a todos os munícipes que se faz presente. Este é um grande dia para a história de Serra do Salitre. 

A inauguração desse grandioso complexo mineroindustrial nos coloca em evidência. Prova disso as ilustres presenças do Presidente, Vice-Presidente, Governador e Vice-Governador em nossa cidade para esse momento único e especial que será eternizado em nossa memória. A inauguração da EuroChem em Salitre representa um capítulo crucial em nossa jornada de desenvolvimento econômico e social. Hoje celebramos a concretização de uma visão ousada e de uma parceria exemplar entre o poder público e o setor privado. 

Este complexo é o fruto de um esforço coletivo, simbolizando o comprometimento com o progresso e a prosperidade da nossa região. Estamos falando de uma operação que não apenas impulsionará nossa economia, gerando empregos e oportunidades, mas também desencadeará um impacto positivo em toda a região. É um marco que fortalecerá nossa cidade como centro estratégico para a agricultura brasileira. A parceria exemplar entre o setor público e privado foi fundamental para superar desafios e transformar o que era um projeto em realidade. Esta união de esforços é um modelo a ser seguido, evidenciando que, quando trabalhamos juntos, alcançamos resultados extraordinários. Hoje, juntos e robustos, com o Complexo Míneroindustrial inauguramos também um novo capítulo em nossa história, pautado pela prosperidade, inovação e desenvolvimento. Que este seja o primeiro de muitos projetos que consolidarão a nossa cidade como um polo de referência, crescimento e progresso. Agradeço a todos os envolvidos, em especial a EuroChem, que sempre foi extremamente atenciosa e cuidadosa com nossa comunidade, contribuindo ativamente para o desenvolvimento de Serra do Salitre. Agradeço ainda aos incansáveis trabalhadores e cidadãos que acreditaram no potencial dessa empreitada. Que o Complexo Mineroindustrial de Serra do Salitre seja guia de um hoje e um amanhã mais próspero e promissor para todos nós. Serra do Salitre seja uma cidade do futuro. 

Excelentíssimo Presidente, com todo o respeito ao senhor e às demais autoridades, eu gostaria de fazer um pedido ao senhor. Nós temos uma estrada que liga o município de Serra do Salitre à Carmo do Paranaíba. Essa estrada é uma estrada municipal. Porém, os dois municípios não são economicamente fortes, vamos dizer assim, para executar uma obra de tal grandeza. E eu gostaria de pedir ao senhor para ver a possibilidade de uma parceria com o Estado, com o município, com a federação, e colocar essa obra dentro do PAC, que é o Programa de Aceleração do Crescimento. 

O deputado Reginaldo Lopes já conhece essa história, porque ele trabalhou com a gente aí desde 2017. Isso seria muito gratificante para uma região produtora, uma região economicamente forte. Isso é um sonho de 50 anos. E a gente gostaria de pedir ao senhor que olhasse com essa atenção. Temos também a questão da 352, que é uma estrada também que precisa ser analisada, que é um pedido lá de Matutina. E eu gostaria que o senhor olhasse por nós com carinho, com a sensibilidade de um homem público que tem amor a esse país e as pessoas do nosso Brasil. Muito obrigado, gente.

English transcription

Good morning, everyone. Welcome to Serra do Salitre. I’d like to congratulate His Excellency, the President of the Republic. Luiz Inácio da Silva. His Excellency Vice-President of the Republic, Mr. Geraldo Alckmin. His Excellency Romeu Zema, Governor of Minas Gerais. His Excellency Deputy Governor of Minas Gerais, Mateus Simões. His Excellency, the Chief of Staff of the Presidency of the Republic. Mr. Rui Costa, His Excellency, the Minister of Agriculture, Livestock and Food Supply, Carlos Fávaro. His Excellency, the Minister of Mines and Energy, Alexandre da Silveira. His Excellency Gustavo Horbach, EuroChem’s Head of South America, as well as all authorities and Congress members.

I would also like to congratulate all the citizens who are here today.  This is a great day in the history of Serra do Salitre. The inauguration of this magnificent industrial mining complex has put us in the spotlight. Proof of this is the illustrious presence of the President, the Vice-President, the Governor and the Deputy-Governor, in our city today, for this unique and special moment that will live on in our memories. The inauguration of EuroChem’s Salitre unit is a crucial milestone in our economic and social development journey.

Today, we celebrate the realization of a bold vision and an exemplary partnership between public authorities and the private sector. This complex is the result of a collective effort symbolizing commitment with the progress and prosperity of our region. We’re talking about an operation that will not only boost our economy, generating jobs and opportunities, but that will also have a positive impact on the entire region. It’s a milestone that will consolidate our city as a strategic center

for Brazilian agriculture. The exemplary partnership between the public and private sectors has been key to overcoming challenges and turn this project into reality. This joint effort is the model to be followed, for it shows that when we work together, we can achieve extraordinary results.

Today, together and strong, this industrial mining complex inaugurates yet another chapter in our history, grounded in prosperity, innovation and development. May this be the first of many projects  that will consolidate our city as a model of growth and progress. I would like to thank everyone involved, especially EuroChem, which has always been extremely attentive and careful with our community, while contributing actively for the development of Serra do Salitre. I would also like to thank the tireless workers and citizens who believed in the potential of this undertaking.

May the Serra do Salitre industrial mining complex lead us closer to a more promising future and present for all of us. May Serra do Salitre be a city of the future. His Excellency, Mr. President, with all due respect to you and the other authorities, I would like to make a request. There is a road that connects Serra do Salitre to Carmo do Paranaíba. That road is under local jurisdiction. However, the two municipalities are not economically strong, so to speak, to carry out a project of such magnitude. I’d like to ask you to evaluate the possibility of carrying out a joint effort between the state, the municipality, and the Federal Government, and integrate this project to PAC, which is the Growth Acceleration Program. Deputy Reginaldo Lopes knows this story for he has worked with us since 2017. That would be very rewarding for a productive and economically strong region. This has been our dream for 50 years, and we’d like to ask you to take a closer look into this matter.  We also have the issue of Highway 352, which also needs to be looked into, as a request from the city of Matutina. I’d also like you to look after us with the care and the sensitivity of a public authority who loves Brazil and its people.

Thank you very much, folks!

Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República
President of the Republic

Transcrição em português

Uma coisa que a gente nunca consegue mudar é o fato de você ser o último orador. E como já falou muita gente antes de mim, e você traz um discurso por escrito, você corre o risco de todas as pessoas já terem falado o que está escrito aqui neste papel. Mas eu acho que sempre é possível a gente procurar alguma coisa nova para dizer num dia importante como esse.

Há uma pergunta que nós temos que nos fazer para que a gente possa voltar para casa procurando resposta e construir as nossas respostas em algo que seja concreto para o povo brasileiro. Se o Brasil, Fávaro [Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil], é um país agrícola de um potencial extraordinário, quase que imbatível hoje pelo alto grau de investimento em ciência e tecnologia e em genética, por que que a gente não é pelo menos autossuficiente na produção dos fertilizantes que nós precisamos? Por que tantas vezes se negou a esse país de ter as coisas que ele tem direito de ter e que um país soberano não pode abrir mão de ter? Não existe arma de guerra mais importante na face da terra do que o alimento. O alimento é a arma mais importante porque é a sobrevivência de todas as espécies vivas do planeta.

E se o alimento é importante, e tão importante assim, e se o fertilizante é tão importante para a produção desse alimento, a pergunta que nós fazemos é por que que um país com a vocação agrícola que tem o Brasil já não se transformou num país autossuficiente? Eu queria contar para vocês um caso. O Brasil já fechou muita fábrica de fertilizante, já fechou muita fábrica, porque aqui havia a predominância de um complexo de vira-lata, de achar que o Brasil era inferior, de achar que o Brasil não sabia produzir ou não podia produzir, que a gente tinha que vender o que a gente tinha e comprar o que a gente não tinha. É que o Brasil fechou fábrica de fertilizante no Paraná, o Brasil fechou fábrica de fertilizante em Sergipe, o Brasil fechou fábrica de fertilizante na Bahia e a fábrica de fertilizante de Três Lagoas, que era uma fábrica de ureia, que começou a ser construída no meu governo e que quando eu deixei a presidência faltava 15% para ser concluída, está até hoje parada. Certamente os 15% que faltava para construir naquela época, hoje são 30%, porque é uma possibilidade de deterioração das coisas que não são usadas. E precisou acontecer a guerra entre a Rússia e a Ucrânia para que despertasse outra vez e muita gente desse país a certeza de que o Brasil precisa ter fertilizante. E o Brasil já sabia da importância de fertilizante, porque todo mundo sabe a qualidade da terra que nós temos.

Eu lembro que o cerrado brasileiro na década de 70 era tido como terra imprestável. A gente quando passava num lugar que vinha uma mata toda torta, toda enrugada, a gente falava essa terra não presta. Depois do que aconteceu, com o manejo daquela terra, o cerrado passou a ser o lugar mais produtivo deste país. É tão produtivo que a gente era acusado de comprar, no Palácio do Planalto, quando você comprava um guardanapo, a imprensa dizia, o governo está comprando linho de algodão egípcio, porque era a tentativa de mostrar que a gente estava esnobando, comprando linho de algodão egípcio. Vocês sabem o que aconteceu? O Brasil agora é exportador de algodão brasileiro para que se faça o linha egípcio. Por que? Porque o cerrado brasileiro passou a ser um lugar de produção extraordinário.

E aí eu vinha discutindo no avião com o Fávaro o avanço do café brasileiro, o avanço não da capacidade produtiva, mas da qualidade do café. Hoje, qualquer lugar que você vai, tem gourmet de café, tem experimentador de café, tem cuspidor de café, ou seja, as pessoas já não estão vendendo mais café como a gente via na tabela do Globo Rural, [café] conilon, tanta saca, não é mais assim. As pessoas têm café de qualidade e o mundo precisa aprender que o Brasil é um produtor de café de muita qualidade, porque ainda hoje o café colombiano é mais divulgado que o nosso, embora a gente seja o maior produtor de café do mundo.

Eu não sei se nós estamos produzindo 60 mil milhões de sacas de café, mas é próximo disso. O segundo colocado não chega a um terço disso, mas o nosso café ainda precisa de mais divulgação, precisa de mais qualidade, de mais preparo, porque o Brasil, embora seja o maior produtor de café, quem ganha muito dinheiro com café é a Itália e a Alemanha, que são quem faz mais torrefação, quem vende as máquinas mais modernas, quem faz os cafés, sabe, expresso, que todos nós adoramos. E nós precisamos então dar um salto de qualidade para que a gente possa fazer jus ao grau de investimento que a gente fez em tecnologia, em ciência e genética dos países.

Dito isso, eu queria dizer que a vinda da EuroChem para o Brasil e o investimento numa planta como essa em Serra do Salitre não é apenas a demonstração da crença de que essa empresa acredita no que está acontecendo no Brasil, é que essa empresa sabe que o Brasil está se transformando muito rapidamente. Aquilo que a gente dizia o celeiro do mundo é o que vai acontecer com o Brasil, não apenas do ponto de vista de carne, do ponto de vista da produção de soja, de milho, de cana, não, do ponto de vista também da produção de energia renovável. O Brasil será um país imbatível nesse momento em que a gente discute transição energética, que a gente discute a questão climática, porque é quase impossível aparecer alguém que possa ter as mesmas oportunidades que o Brasil tem de fazer as coisas que tem que ser feitas nesse país.

O que é que nós estamos trabalhando nesse instante? Eu acabo de fazer uma reunião com os 54 países da União Africana. Eu fui a Adis Abeba, na Etiópia. Eu acabei de fazer uma reunião na Guiana e Georgetown com 15 países do CARICOM [Mercado Comum e Comunidade Do Caribe] e acabei de fazer uma reunião com 33 países da América Latina. Todos esses países são quase todos produtores agrícolas, mas muito distante da capacidade produtiva que o Brasil tem. Então o Brasil, quando as pessoas falam que o Brasil está exportador de commodities, porque o Brasil precisa produzir mais produtos de valor agregado, mais indústria, é verdade. Mas é verdade também que a gente não pode desvalorizar commodities, porque a gente sabe quanto de tecnologia tem hoje num grão de milho e num grão de soja. A gente sabe quanto de tecnologia tem e quanto de genética tem, por exemplo, no frango, num boi que é morto, num porco. Essa vitória que o nosso Ministro da Agricultura disse aqui com a China e com a Filipina pode acontecer com a Indonésia, pode acontecer com vários outros países do mundo, basta que o Fávaro bote a mochila dele e viaje o mundo. 

A gente não pode ficar achando que nós somos os bonitões do planeta e que todo mundo vem aqui comprar. Não, a gente tem que ir lá vender, a gente tem que ir lá discutir e a gente também tem que dizer que a gente quer comprar alguma coisa deles, senão as pessoas não querem só comprar da gente. Política comercial, ela é boa quando todo mundo pensa que ganha. Sabe aquele cara que vai vender um carro numa feira e ele pede 30 e o cara que está comprando acha que 30 é muito. O cara, na verdade, deveria vender para o 28 e ele pede 30 já para ganhar um pouco mais. E o cara que manda baixar para 29, ele pode pagar 29, mas ele quer pagar um pouco menos. Então, quando você faz o acordo, 29,5, o cara que compra sai feliz dizendo que ganhou. E o cara que vendeu sai feliz dizendo que ganhou. Negócio no mundo é assim.

O Brasil tem uma janela excepcional com a China, com a Índia, com a Indonésia, com a Filipina, com todo o continente africano, sobretudo com os países de maior população e é o que nós temos que fazer para que o Brasil se transforme definitivamente numa economia rica, numa economia rica em que a gente não precisa ter programas assistenciais. A gente precisa criar uma sociedade de padrão médio de consumo, de padrão médio de educação, sabe, para que a sociedade possa andar de cabeça erguida com o resultado do seu trabalho, do seu estudo. É por isso que ontem nós anunciamos em Brasília, por isso é que ontem nós anunciamos em Brasília mais 100 institutos federais. Já vamos chegar… É importante vocês saberem que em 100 anos, de 1909 a 2003, o Brasil produziu apenas 140 escolas técnicas. Depois que nós ganhamos as eleições, nós inauguramos 682 e com mais 100 de ontem passa para 782 e eu prometi ontem, governador, que da mesma forma que o Pelé fez mil gols, que o Romário fez mil gols, que o Túlio Maravilha fez mil gols, nós vamos fazer mil institutos federais nesse país para qualificar a nossa juventude. Esta semana nós anunciamos um programa que é uma revolução na educação brasileira.

Primeiro, escola de tempo integral. Nós queremos este ano colocar um milhão de alunos na escola de tempo integral e no final do ano queremos chegar a 3 milhões e 700 alunos em tempo de escola integral para que a mãe tenha segurança que o filho não vai ser vítima de uma mala perdida, que ela pode sair para trabalhar e voltar e buscar seu filho na escola e viver tranquilamente. Mas o que nós fizemos de importante essa semana? Nós anunciamos um programa chamado Pé de Meia. Nós descobrimos no ano passado que aproximadamente 480 mil jovens, de 14, 15, 16 anos, desistiram do Ensino Fundamental, do Ensino do Segundo Grau, muitas vezes porque tinham que trabalhar. E o que nós fizemos então? Nós criamos um programa em que a gente vai dar para os alunos mais pobres, chega a 2 milhões e 2600 mil alunos, nós vamos dar uma bolsa de 200 reais por mês, durante 10 meses, quando chegar no fim dos 10 meses, se ele tiver 80% de compreendimento na escola e se ele passar na prova para o segundo ano, a gente vai depositar mil numa poupança para ele e vamos continuar pagando mais 200 no outro ano. E quando ele terminar o segundo ano, se ele tiver 80% de comparecimento e passar de ano, a gente vai depositar mais 200 por mês e no final do ano, mais mil. Significa que ele vai ter 9 mil reais quando ele terminar o Ensino Médio dele. E por que nós estamos fazendo isso? Porque se a gente não investir o dinheiro na formação dessas crianças agora, a gente vai ter que construir cadeia depois, a gente vai ter que contratar policial para combater o narcotráfico, para combater a droga. Então, é preciso acabar no Brasil com a ideia de que investir em educação é custo, melhorar salário de professor é custo, melhorar salário da universidade é custo. O que nós temos que nos perguntar é quanto custou a esse país a gente não fazer as coisas no tempo certo. Esse país já cresceu de 1950 a 1980, o Brasil cresceu em média 7% ao ano. Foi possivelmente o crescimento médio maior de todo o planeta. E o que aconteceu quando terminou esse crescimento? O povo continuava pobre, o povo continuava pobre. Porque as pessoas não aprenderam uma filosofia muito básica que é a seguinte: numa nação em que tem pouca gente, muito rica, a cara dessa nação o que é? É pobreza, é desnutrição, é prostituição, é violência, é crime, é tudo que não presta. Mas quando você tem numa nação muita gente com pouco dinheiro, significa distribuição de riqueza, significa que todo mundo vai viver bem.

Uma empresa como a EuroChem, que vem para cá e tem capacidade de contratar 30% de mulheres num estado que tem 52% da sua população de mulheres, num país que tem 52% de mulheres, é um ato de coragem. É um ato de responsabilidade e é um ato que merece os nossos aplausos. Mas lembrem-se de uma coisa, às mulheres que estão aqui: nós conseguimos aprovar no Congresso Nacional uma lei. A lei diz o seguinte: trabalho igual, salário igual entre homens e mulheres. Não tem porque uma mulher fazer a mesma função que o homem, com a mesma competência, com a mesma qualidade e ganhar 30% a menos, 20% a menos, até mais. Então nós aprovamos a lei. Pasmem, pasmem que tem empresário recorrendo à justiça para não pagar. Agora essa briga não é minha, essa briga é das mulheres. Que vocês têm que ir para a rua para dizer alto e bom som, que vocês não são cidadãs de segunda categoria. Que vocês muitas vezes têm mais capacidade que os homens, têm mais coragem que os homens, brigam mais do que os homens pelas coisas que vocês necessitam. É vocês que conseguem fazer harmonia dentro de casa.

Porque nesse país se aprendeu durante muito tempo que trabalhar de casa é inútil. A coisa mais comum é você perguntar para uma mulher: você trabalha? Ela fala não. Hoje em dia ela levanta de manhã, ela limpa o banheiro, faz café, faz almoço, faz janta, limpa a mesa, lava a roupa, sabe, lava as meias do marido, lava as cuecas do marido, lava as fraldas da criança, lava tudo e você pergunta, você trabalha? Não. Porque ela aprendeu historicamente que trabalhar em casa não é trabalho. Quando na verdade, se a gente fosse honesto enquanto homem, a gente pagava um salário para ela fazer aquilo que a gente deveria fazer também. Porque uma outra coisa que aconteceu é que as mulheres aprenderam a ir para o mercado de trabalho, para trabalhar, porque as mulheres querem ser independentes. Mas os homens não aprenderam a ir para a cozinha, os homens não aprenderam a ir arrumar cama, a ir trocar criança, né? E isso ainda continua, por mais moderno que seja o maridão, ele ainda gosta de sentar no sofá e falar, amor, me dá uma cerveja. Amor, a criança está chorando. Amor, vê se a criança está suja. Ainda é assim. Então, a gente fez a lei para a gente garantir que as mulheres sejam tratadas com respeito no mundo de casa, mas também no mundo do trabalho. E nós agora vamos ter que brigar muito na justiça por isso.

Por fim, eu queria dizer aos companheiros da EuroChem, se vocês tiverem disposição de investir, se vocês quiserem investir num país que vai crescer, se vocês quiserem investir num país que vai ser, de fato, o celeiro do mundo, o celeiro na produção de carnes de qualidade, na produção de soja, de milho, de arroz, de feijão, de batatinha, o que mais que vocês quiserem, vocês podem investir em fábrica de fertilizante, porque nós queremos deixar de ser importador. O ano passado foram 25 bilhões de dólares que nós pagamos, sabe, para importar fertilizantes para o Brasil. Esse dinheiro poderia ter sido pago para empresários aqui dentro, que geram emprego aqui dentro, que geram salário aqui dentro e que geram qualidade de vida aqui dentro.

Eu quero terminar, porque o Alckmin foi muito otimista, o Zema foi muito otimista e o Fávaro foi muito otimista. Eu queria dizer uma coisa para vocês. O Alckmin, toda vez que o Alckmin pode, ele entra na minha sala com um papelzinho para dar boa notícia. Então, eu vou contar uma coisa para vocês. Vocês que leem jornais, que viajam na internet, passam 30 horas por dia na internet, uma parte vendo bobagem, outra parte vendo coisa boa, uma parte falando bem de alguém, outra parte falando mal de alguém. Eu queria que vocês percebessem o seguinte. Há quanto tempo vocês não ouvem falar em investimento em infraestrutura nesse país? Há quanto tempo? Porque esse país parou de investir em infraestrutura. 

É importante lembrar que eu fiz o primeiro PAC em 2007. Em fevereiro de 2007, nós anunciamos o primeiro grande programa de investimento em infraestrutura. E não era um projeto do presidente da República, era um projeto que foi feito com os governadores dos estados e com os prefeitos das capitais. Quando eu saí da presidência, a Dilma continuou e depois parou. Eu tenho visitado muitos estados, eu tenho perguntado se as pessoas se lembram qual é a última obra de infraestrutura dentro do seu estado. Ninguém lembra. Ninguém lembra. Porque não foram feitas.

Nós agora aprovamos um outro PAC de 1 trilhão e 700 bilhões de reais, do qual Minas Gerais terá uma parte muito importante dele. E nós vamos anunciar em Belo Horizonte com a presença do governador. E é um PAC que não é da cabeça do presidente. É um PAC que saiu das necessidades do governador, da necessidade dos prefeitos. Nunca perguntei para o governador se ele é corinthiano, se é atleticano, se ele é cruzeirense. Nunca perguntei. Aqui em Minas Gerais, quando o cara não quer dizer o que quer, ele fala só América. O Brizola dizia, eu sou São José. Acho que eu sou o único presidente que fala que sou corinthiano. Mesmo quando eu estou num público adverso. E em Minas Gerais, eu sou cruzeirense. Mesmo sabendo que a maioria é atleticano. Mesmo sabendo. Eu tomo umas vaias quando eu falo que eu sou cruzeirense. Mas é porque eu aprendi a torcer para o Cruzeiro na época do Dirceu Lopes, do Tostão, do Lima, do Natal, do Joãozinho, do Piazza, do Raul. Então eu virei cruzeirense nessa época. E eu queria dizer para vocês o seguinte. O Brasil está numa fase excepcional. Nós já plantamos tudo o que a gente tinha que plantar. Já adubamos a terra, já jogamos a semente, já cobrimos a terra. Este ano é ano da gente colher as coisas que foram plantadas.

E é por isso que eu sou otimista e dizer para vocês que nunca antes na história do Brasil, nunca antes na história do Brasil, nem quando o Juscelino Kubitschek trouxe a indústria automobilística para o Brasil, nunca houve um anúncio de todas as empresas automobilísticas que vão investir, entre este ano e 2027, o equivalente a 117 bilhões de reais na indústria automobilística brasileira. A gente, quando deixou a presidência em 2010, não sei se vocês sabem, a gente vendia 3,8 milhões de carros por ano. Vocês sabem quantos carros a gente vende hoje? Menos de 2 milhões de carros. Hoje a gente vende metade do que a gente vendia. Porque o carro subiu de preço, o salário caiu e as pessoas pararam de comprar e as empresas pararam de produzir. Agora as coisas voltaram a melhorar, o salário vai voltar a subir, as empresas vão voltar a produzir, o povo vai voltar a comprar, as empresas vão voltar a vender e esse país vai voltar a crescer, porque esse país não vai jogar no século XXI a chance que ele jogou fora no século XX.

Nós queremos que o Brasil se transforme num país rico, num país em que a gente não precise de política de favor para ninguém, mas que as pessoas ganhem aquilo que eles têm direito. O desemprego já está o menor dos últimos 15 anos e a gente vai cair mais, a inflação vai cair, o salário vai subir e o povo brasileiro vai ver mais empresas como a EuroChem voltar a investir no Brasil, porque o Brasil não quer pedir passagem, o Brasil quer vender aquilo que ele produz. Eu quero agradecer ao Fávaro, agradecer ao Alckmin, ao ministro Rui Costa [Ministro da Casa Civil], que produziu o Pacto, ao nosso companheiro ministro de Minas e Energia, ele não falou os números aqui, mas o que está projetado de investimento em energia renovável no Brasil são 220 bilhões de reais.

É um montante de dinheiro que nem ele acredita que vai ser investido nesse país. E vai ser investido porque o mundo inteiro está de olho no Brasil. Em qualquer lugar que a gente vai no mundo, a pessoa só fala “e energia renovável?, “e a questão climática?”, “e a transição energética?”, e tudo isso vai acontecer aqui no Brasil. Esse ano a gente tem o G20, em novembro, no ano que vem a gente tem os BRICS e no ano que vem a gente tem a COP. São três eventos magnânimos para que o Brasil possa aportar ao mundo que nós resolvemos definitivamente nos transformar num país grande, num país rico e num país com o povo viva dignamente e decentemente.

Parabéns para os empresários que fizeram esse investimento. E parabéns ao povo de Minas Gerais por ter ganho esse investimento. Viva o Brasil e viva a EuroChem.

English transcription

There’s something… There’s something you can never change, which is the fact that you are the last speaker. And since many others have spoken  before me, and you bring a speech in writing, you run the risk of everyone having said what is written on this piece of paper. But I think it’s always  possible to find something new to say on an important day like this. A question we must ask ourselves so that we can go home looking for  answers, and turn our answers into something concrete for the Brazilian people. If Brazil is indeed an agricultural industry, Fávaro, of extraordinary potential, almost unbeatable as of today, due to the high level of  investment in science and technology and genetics, why aren’t we at least self-sufficient in producing the fertilizers we need? Why has this country been refused so often to achieve the things it’s entitled to and that no sovereign country can give up on?

There is no more important war weapon on the face of the Earth…than food. Food is the most important weapon because it means the survival of every living species on the planet. And if food is so important indeed, and if fertilizers are so vital for food production, the question we must ask ourselves is “Why?”  Why hasn’t a country with an agricultural inclination as Brazil become self-sufficient? I want to tell you a story. Brazil has closed many fertilizer plants before. A lot of them. Because the “mongrel  complex” used to predominate here, that is, perceiving Brazil as inferior, and thinking that Brazil couldn’t or wouldn’t produce anything. We had to sell what we had and buy what we didn’t have, Brazil has shut down fertilizer plants in Paraná, Brazil has shut down fertilizer plants in Sergipe, Brazil has shut down fertilizer plants in Bahia, and a fertilizer plant in Três Lagoas, which was a urea factory that started to be built during my administration,  and had 15% to be completed by the end of my term, it is now at a standstill.

The 15% that was left to be completed back then is sure to be 30% now, because things that aren’t are likely to deteriorate. And it took a war between Russia and Ukraine to instill in the minds of many people in this country, the surety that Brazil needs fertilizer. And Brazil already knew how fertilizers were important, because everyone knows the quality of our soil.

I remember that the Brazilian Cerrado in the 1960s and 70s was considered useless land. When we went through a forest all crooked and wrinkled we would say, “This land is no good.” After what happened, following the management of that soil, the Cerrado has become the most productive region in the country. It’s so productive that we were accused of buying stuff. At the Palácio do Planalto, when you bought a napkin, the press would say: “Is the government buying Egyptian cotton linen?” Their goal was to picture us as snobbish for buying Egyptian cotton linen. 

Do you know what happened? Brazil is now a Brazilian cotton exporter used to manufacture Egyptian linen. Why? Why has the Brazilian cerrado become an extraordinarily productive place? I was discussing the progress of Brazilian coffee with Fávaro, not only in terms of production capacity, but in coffee quality. Everywhere you go now you’ll find coffee tasters, connoisseurs, and all that, I mean, people are no longer selling coffee as we used to see in “Globo Rural” on the TV, “Conilon, X bucks per sack.” It’s not like that anymore.

People want quality coffee and the world must learn that Brazil can make  high-quality coffee because even Colombian coffee is more widely advertised than ours, even though we are the largest coffee producers in the world. I think we’re producing 60 billion sacks of coffee, or something like that. The runner-up can’t produce even a third of that. But our coffee still needs more promotion, it needs more quality, it needs improvement, because although Brazil is the largest coffee producer the ones making the most money are Italy and Germany, who do the most roasting, who sell the most modern machines, who make the espresso coffees we all love. So, we need to take a quality leap forward, so that we can do justice to the investment we’ve made in technology, science and genetics in this country. Having said that, I’d like to say that the coming of EuroChem to Brazil, and their investment in a plant like this in Serra do Salitre, is not only a demonstration of belief in what is happening now in Brazil. This company knows that Brazil is changing very quickly.  We’d say Brazil was the breadbasket of the world and this is what’s going to happen.

Not only from the point of view of beef production, or soybean, corn, and sugarcane production, but also from the point of view of renewable energy production. Brazil will be an unbeatable country at a time when we are discussing energy transition and climate change, because it’s almost impossible for someone to come along with the same opportunities Brazil has, to do what needs to be done in this country. What are we working on right now? I have just held a meeting with all 54 countries of the African Union. I went to Addis Ababa, in Ethiopia. I’ve recently had a meeting in Guyana in Georgetown, with 15 CARICOM countries, and I’ve also had a meeting with 33 Latin American countries. Almost all of these countries are agricultural countries, but all far from the productive capacity that Brazil has.

 

When people say that Brazil is an exporter of commodities, and has to produce industrial, value-added products, they’re right. But it’s also true that we can’t undervalue the commodity, because we know how much technology is present today in corn and soybeans. We know how much technology is present, and how much genetics is present in chickens, cows, and pigs to be used as meat. The milestone our Minister of Agriculture mentioned regarding China and the Philippines, could happen with Indonesia, too. It could happen with many other countries in the world. All Fávaro has to do is pack up and travel the world. We can’t keep thinking we’re the world’s hotshots and that everyone must come here and buy from us. We have to go there and sell it, we must discuss things. And we must also tell them we want to buy something from them. Otherwise, people won’t just buy from us. Trading is good when everyone feels they’re winning. You know that guy who wants to sell a car at the fair? He asks for 30, but the guy buying thinks it’s too expensive. And the first guy should actually sell it for 28.

He’s asking for 30 to make a little more. And the guy who wants to pay 29, he can pay 29, but he wants to pay a little less. When you close the deal at 29.5, the guy who bought it walks away happily, and the guy who sold it feels that he’s won, too. That’s how world business goes about. Brazil has an exceptional opportunity to work with China, India, Indonesia, the Philippines, and the entire African continent, especially with the most populated countries. That’s what we have to do if Brazil is to definitively become a wealthy economy, one in which we don’t need welfare programs.

We need to create a society with an average standard of consumption, and an average standard of education, so that society can walk with their  heads held high with the results of their work and study.

That’s why yesterday we announced in Brasilia, that’s why we announced the creation of 100 new federal institutes. We’ll get there soon. It’s important for you to know that in 100 years, from 1909 to 2003, Brazil created only 140 technical schools. After we won the elections, we inaugurated 682 of them, and with the extra 100 from yesterday, that makes 782. And I promised yesterday, Governor, that just as Pelé scored a thousand goals, as Romário scored a thousand, as Túlio Maravilha also did, we’re going to create one thousand institutes in this country to train and qualify our youngsters. This week, we announced a revolutionary program in Brazilian education. The first is the full-time school. We want to enroll one million students in the full-time school this year. And by the end of the year, we want to reach three million pupils in full-time school, so that their mothers can be safe that her child won’t fall victim of a stray bullet, that she can go out to work and pick up her child and live in peace. But what important thing did we did this week?

We announced a program called “Pé de Meia.” We found out last year  that approximately 480,000 youngsters, aged 14 to 16, have dropped elementary school and high school. Often because I had to work. So what did we do? We’ve created a program targeted at the poorest  students, 2.6 million of them, to give them a grant of R$200 a month for ten months. At the end of the ten-month period, if they have 80% attendance and be approved on their finals, we’ll transfer one thousand reais to a savings account for them. And we’ll keep paying an extra 200 over the following year. And when he finishes the second year, if he has 80% attendance and is approved, we’ll give them another 200 a month and an extra one thousand at the end of the year.

That means they’ll have nine grand when they complete high school. But why are we doing this? Because if we don’t invest the money in these children’s education now, we will have to build prisons later. We’ll have to hire police officers to combat drug trafficking and use. So, Brazil must get rid of the idea that investing in education is an expense, or improving teachers’ salaries, or university salaries.

What we must ask ourselves is how much it has cost this country not doing things at the right time. From 1950 to 1980, this country grew, at an average rate of seven percent a year, which was possibly the world’s largest average growth rate. And what happened when that growth cycle ended? The people were still poor. The people were still poor, because they didn’t learn a very basic thing, which is: In nations where only a few people are rich, this nation will face things like poverty, malnutrition, prostitution, violence, crime, and all bad things. But when you have a lot of people with little money, it means wealth is distributed and everyone will live well. A company like EuroChem, which has come here and is able to hire 30% of women workers in a state where 52% of the people are women, in a country that has 52% of women, that’s an act of courage, an act of responsibility, which deserves our applause.

But remember one thing, remember one thing, women who are here today.  We managed to pass a bill in Congress. And this is what it provides for: Men and women must have equal work and pay opportunities. There’s no reason why a woman should do the same job as a man, with the same  competence, with the same quality, and earn 30 or 20% less, even more. So we passed the law. Behold. I’m amazed that some businessmen are going to court to avoid paying you. Now, this is not my fight. This is a women’s fight, and you have to take to the streets and say it out loud that you’re not second-class citizens, that you’re often more skilled than men, that you’re braver than men, that you fight harder than men for the things you need. You’re the ones who manage to create harmony in the house. 

Because in this country we’ve been taught for a long time that homework is useless. The most common thing is to ask a woman: “Do you work?” She says: “No.” She gets up, cleans the bathroom, makes coffee, lunch, and dinner, clears the table, does the laundry, washes her husband’s socks, her husband’s underwear, the children’s stuff, and everything else. But when they get asked: “Do you work?”. The answer is no. Because she’s historically learned that housework is not work. When, in fact, if we were honest, as men, we pay them a salary to do what we’re supposed to do ourselves.

Because women have learned how to get into the labor market because women want to be independent. But men haven’t learned how to work in the kitchen. Men haven’t learned how to make a bed or change diapers. That’s still the case, no matter how modern the husband is, he still enjoys to sit down and say, “Honey, get me a beer.” “Honey, the child is crying.” “Honey, check the kid’s diapers.” Things are still like that. So we passed that law to ensure that women are treated with respect in the domestic sphere but also in the labor one. And now we’re going to have to fight hard in court for it. Finally, I’d like to say to tell my friends from EuroChem, if you’re willing to invest, if you want to invest in a country that is going to grow, in country that is going to be the world’s breadbasket, the leader of quality beef production, as well as soybeans, corn, ice, beans, potatoes, or whatever else you want, you can invest in a fertilizer plan, because we want to stop being importers. Last year, we had to spend 25 billion dollars, to import fertilizers into Brazil. This money could have been paid to our entrepreneurs, who generate jobs and income right here, as well as quality of living. I want to finish off because Alckmin sounded very optimistic, Zema sounded very optimistic and Fávaro sounded very optimistic. I want to tell you something. Every time Alckmin can, he comes into my office with a piece of paper to break the good news. So, I’ll tell you something. Those of you who read newspapers, or spend 30 hours a day browsing the Internet, some consuming nonsense, while others consume good content, some badmouthing someone, while others are praising someone, I want you to realize the following: How long has it been, since you’ve heard of investment in infrastructure in this country? How long has it been? It’s because this country has stopped investing in infrastructure, we must remember that I created the first PAC in 2007.

In February 2007, we announced the first major infrastructure investment program. And it wasn’t a project by the President, it was a joint effort with the state governors and mayors of capitals. When I left the office, Dilma continued it, but then it stopped. I have visited many states. I’ve been asking people if they remember the last infrastructure project in their state. Nobody remembers. Nobody remembers. Because they simply weren’t made. We have approved another PAC of 1.7 billion reais, and Minas Gerais will receive a significant share of it.  We went to announce it in Belo Horizonte, with the governor present. And this PAC didn’t come out of my head, it has been based on the needs of the governor, the needs of the mayors. I never asked the governor if he roots for Corinthians or Atlético, or Cruzeiro. Here in Minas Gerais, if you don’t want to say what team you root for, you say “For America.” You know? Brizola used to say: “I root for São José. 

I think I’m the only president who says I root for  Corinthians, even when I’m in the middle of an adverse audience. In Minas Gerais, I root for Cruzeiro, even though we know that most of them are Atlético’s fans. I’m aware of that. I occasionally get booed when I say I root for Cruzeiro. But that’s because I came to root for them during the era of Dirceu Lopes, Tostão, Lima, Natal, Joãozinho, Piazza, and Raul.  So I  became a Cruzeiro fan at that time. And I’d like to tell you this: Brazil is going through exceptional times. We’ve already sowed all the seeds we had to sow. We’ve already fertilized the soil, sown the seed and covered the ground. This year is the year for us to reap the harvest. And that’s why I feel optimistic. I want to tell you that never before in the history of Brazil,  never before in the history of Brazil, not even when Juscelino Kubitschek brought the auto industry to this country, there has never been an  announcement from all the automakers that are going to invest between this year and 2027, the equivalent to 117 billion reais in the Brazilian automobile industry. When we left the office in 2010, I’m not sure you know that, we were selling about 3.8 million cars a year. Do you know how many of them we sell today? Less than two million cars. We are now selling half of what we used to because car prices have gone up, wages plunged, people stopped to buy them, so, companies stopped making them. Now things are looking up again. Wages will rise again, companies will start  producing again, people will start buying again, companies will sell again, and this country will grow again, for this country is not going to waste in this century the opportunities it wasted in the last one. We want Brazil to become a rich country, a country in which we don’t need affirmative policies for anyone, but one where people may get what they are entitled to.

 

Unemployment is already at its lowest in 15 years and it’s going to drop more. Inflation will plunge and wages will rise, and Brazil will see more companies like EuroChem investing here again, because Brazil doesn’t want to excuse itself. Brazil wants to sell what they have. I want to thank Mr. Fávaro, as well as Alckmin and Minister Rui Costa, who elaborated the PAC, and our fellow Minister of Mines and Energy. He didn’t mention the figures here, but the future investment in renewable energy in Brazil amounts to 220 billion reais. It’s money that not even he believes will be invested in this country. And that will be invested because the world is watching  Brazil. Everywhere we go in the world, people will ask us “What about renewable energy?”. “What about climate change?”. “What about the energy transition?”. And all is going to happen right here in Brazil. This year, we’ll have the G20 summit in November, next year we’ll have the BRICs Meeting, as well as the COP meeting. These are three key, magnanimous events, to help Brazil show the world that we have  definitely made up our minds, to become a great country. A great, rich country, where people can live with dignity and decency.  Congratulations to the entrepreneurs who made this investment. And congratulations to the people of Minas Gerais for getting this investment. 

Long live Brazil and long live EuroChem!

Oleg Shiryaev

Presidente Global da EuroChem
CEO of EuroChem MCC

Transcrição em português

Bom dia. Com licença, eu falarei em inglês, por isso farei uma pausa para fazer a tradução possível para todos vocês. Primeiramente, Sras. e Srs. convidados e colegas, eu concluo todos vocês com o grande sucesso de abrirem o complexo de produção aqui no Brasil. E é um grande sucesso, porque não é apenas o 1 milhão de toneladas de tecnologia, que é realmente muito demandada e é um produto realmente eficiente, que nós entregamos para o mercado brasileiro, mas também este projeto foi entregue em tempo, em budget, e foi um grande sucesso em termos de segurança, responsabilidade social e regras de ecologia. E seria possível se não tivesse uma grande dedicação de cada um de vocês, e de todas as autoridades e de todo o mundo que apoia os contratadores, os suportadores, de todo mundo que colocou a alma neste projeto. Nós queremos agradecer a todos que nos ajudaram a colocar este projeto aqui de uma maneira tão boa. 

O Brasil é um país realmente grande e nós estamos fazendo o nosso melhor para ajudar no crescimento do país. E a produção do Brasil é uma das maiores que tem e vai para todos os países, África, Ásia, China, Europa e Estados Unidos, ao redor do mundo. E para fazer isso nós precisamos de fertilizantes que sejam eficientes, de maneira econômica viável e também sejam ecológicos. 

EuroChem é uma das líderes na produção de fertilizantes, nós produzimos mais de 20 milhões de toneladas por ano. E mais de um terço disso vem do Brasil. E, como nós dissemos, existe ainda uma demanda muito grande, principalmente de muitos produtores aqui no Brasil. Se nós olharmos o portfólio da EuroChem, nós vamos ver que nós estamos colocando 1,6 bilhões de toneladas por ano para os próximos seis anos. O que é cerca de 10 milhões de toneladas durante o período de seis anos. E todos esses projetos têm uma marca definida, é o Brasil. Mas hoje nós celebramos mais do que um passo. Desde que o Brasil começou a ser com a EuroChem, não apenas consumindo o país de fertilizantes, mas também produzindo mais de um milhão de toneladas. E isso é outro nível de estabilidade e de confiança no futuro do Brasil. Isso então dá uma estabilidade e uma confiança para o Brasil. Com a equipe que nós temos aqui, realmente nós temos pessoas dedicadas e engenheiros bastante criativos. 

Nós provamos que a EuroChem é capaz de lançar projetos tão complexos que outras empresas precisam completar. E nós esperamos que com o apoio do governo, com o apoio do país e de todos os nossos equipamentos, este não será o último projeto que nós lançaremos aqui. Como todos os nossos recursos, dedicação, talento e alma estão aqui com o Brasil e estamos todos juntos fazendo as coisas certas, no momento certo, com as pessoas certas. Não estamos certos que estamos fazendo as coisas boas para o Brasil aqui com as pessoas e as equipes corretas. Então com o que nós temos aqui hoje eu quero me despedir de vocês desejando um grande sucesso. Vamos sair daqui não apenas contentes com o que nós temos, mas vamos sonhar com atividades e alcances ainda maiores. Muito obrigado e muito sucesso.

English transcription

Sorry, I will speak English, therefore I will make a pause to make translation possible to all of you. First of all, your Excellencies, dear guests, and dear colleagues, I congratulate you, all of us and all of you, with a huge success of opening this huge production complex here in Brazil. It’s a big success because it’s not only the one million tons of highly technologically, very demanded, and the really, really efficient products which we deliver to the Brazilian market. But also this project was delivered on time, on budget, and with a really huge success in terms of safety, social responsibility, and ecology rules.

It would not be possible if there had not been huge education from each of you and from all the authorities and all around who that supports contractors, suppliers, everyone around who actually put the soul into this project. Brazil is a really, really special country. You have a great mission which really makes proud all of us and all of you. It’s to feed the world. And Brazil produces, it’s in the top three producers around the world of agriculture products, which go to China, Africa, Europe, United States, everyone around.

And to make it efficient, you need fertilizers. Efficient, ecological, and affordable. EuroChem is one of the leading global fertilizer companies. We produce more than 20 million tons of fertilizers a year.

And more than one-third goes to Brazil. We already discussed it and we see that there is much more demand and there is great aspiration in terms of growth of the agricultural sector here in Brazil.

If we put together a real investment portfolio of EuroChem, we’ll see that we’ll be adding roughly 1.5 million tons a year for the next six years, which is roughly 10 million tons during the six-year period.

And all of those projects have a preferable market destination. It’s Brazil. But today, we’re celebrating an even more advanced step. Since Brazil started to be with EuroChem, not only consuming fertilizer in the country, but also producing another million tons. This is another level of stability and [indicates] real confidence in the future of Brazil.

With the amazing team which we have here, and we’re really proud that we were able to collect such really smart engineers and very dedicated people. We proved that EuroChem is capable to deliver such a complex project that another company refused to complete. We hope that with the support of the government, with the support of the country and all of our team, it will be not the last project which we will deliver here. Since all of our resources, dedication, talents, and soul are here with Brazil, we are sure that we are all together doing the right things, in the right moment, with the right people.

Thank you very much. And really, with a confidence in a bright future for the Brazil agriculture sector in a collaboration with EuroChem, I will celebrate this day and congratulate all of you with a great success.

Let’s go further. [Let us] not limit ourselves to what have been achieved. Let’s dream about the even bigger future.

Thank you. Lots of success.

Romeu Zema

Governador de Minas Gerais
Governor of Minas Gerais

Transcrição em português

Bom dia. Bom dia! Uma satisfação estar aqui novamente em Serra do Salitre. Em nome do presidente Lula, eu saúdo aqui, cumprimento todas as autoridades, os executivos e funcionários da EuroChem. E eu vou quebrar aqui o protocolo, a minha fala vai ser muito rápida, mas eu quero aqui escutar uma pessoa que é a mais impactada pelo que está acontecendo aqui hoje, que é o produtor rural. E vai ter aqui uma fala muito breve, quebrando o protocolo, um produtor rural muito próximo de mim, que é o vice-governador Matheus Simões. Fale aqui o que isso aqui vai impactar. 

[fala do vice-governador] Obrigado, governador. Governador, presidente, há 115 anos atrás, minha família saiu de florestal lá do lado de Belo Horizonte, no lombo de mula, para vir para o sertão da farinha podre, que é essa região nossa aqui. É aqui, o Alto Paranaíba e a ponta do Triângulo Mineiro, onde nada nascia. É uma região que só tinha pecuária, era uma pecuária precária, e que durante quase 50 anos falavam que era impossível produzir qualquer coisa que não fosse um milhozinho para dar para a galinha. Depois veio todo o esforço do desenvolvimento do que acabou virando a Coopadap [Cooperativa de Agropecuária do Alto Paranaíba] aqui do lado, em São Gotardo, na correção de terra, e nós aprendemos que Minas Gerais chama Minas e tinha muito para entregar para a agricultura com as suas minas. Que a gente podia corrigir o solo, a gente podia trazer fertilidade, e aí a gente começou a ter, governador, a produção de leite, porque a pastagem começou a ser corrigida, a gente passou a ter produção de milho. 

Quando eu fui embora da fazenda, com 14 anos, eu saí da fazenda onde eu morei aqui ao lado de Araxá. Estava começando a chegar na região batata, que não era, seria possível se não fosse adubação. Depois disso, começaram a chegar as usinas de cana, chegou a soja, e eu fico passando aqui na canastra. E, quando eu vejo plantação de trigo, eu fico me perguntando o que meu pai, que morreu há 25 anos atrás, acharia de saber que dá para produzir qualquer coisa nessa terra, graças ao esforço de homens e mulheres como aqueles, como o Alberto, que desenvolveram a possibilidade da fertilização e da correção da nossa terra. Eu só queria dizer, governador, muito obrigado à EuroChem, muito obrigado ao senhor, muito obrigado ao governo federal, presidente Lula, por possibilitar que Minas Gerais seja não só grande produtor agrícola, mas seja parte da solução para o problema que é a garantia da nossa soberania e independência em termos de fertilizantes. Obrigado. 

[governador retoma a fala] Obrigado, vice-governador. Bom, do agro aqui, presidente, ministro Fávaro, nós só temos tido boas notícias, só, recorde atrás de recorde. Quem aqui tem qualquer conexão com um produtor ou é produtor, sabe do esforço do Estado. Reforçamos a Emater [Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural], o IMA [Instituto Mineiro de Agropecuária], que presta um trabalho enorme para o produtor rural. A Cemig, neste momento, está fazendo o maior investimento da história da empresa para não deixar a situação de falta de energia perdurar. Em 70 anos, a Cemig construiu 400 subestações. Em seis anos, nós estamos fazendo 200. Hoje, Minas Gerais sofre com falta de energia elétrica porque, infelizmente, no passado, nós tivemos uma empresa que foi investir em todo o Brasil, exceto em Minas Gerais. E Cemig é Companhia Energética de Minas Gerais. Hoje, 100% dos investimentos são realizados dentro do Estado. Essa falta de energia tem dia para acabar. Todo mês estão sendo entregues cinco, seis, sete subestações. Inclusive, prefeito, uma aqui em Serra do Salitre, 36 milhões de investimentos, que vai, de certa maneira, amenizar muito essa questão. E essa falta de energia, é fruto também de uma situação boa que nós temos no Estado, porque a nossa economia tem crescido muito acima da média Brasil. Em 2018, a economia de Minas representava 8,8% do Brasil. O último dado do IBGE aponta 9,5%. E onde a economia cresce, demanda-se energia. E nem sempre há tanta energia disponível. Mas o bom é que, além de fortalecer a transmissão, a distribuição, nós criamos aqui, nesses cinco anos e dois meses da minha gestão, meia Itaipu com energia fotovoltaica, principalmente no norte do Estado. E isso vai fazer com que, a médio e longo prazo, os reajustes de energia sejam menores. E muita gente já tem até desconto quando consegue comprar, assinar diretamente do produtor de energia. Mas, como eu falei, eu quero ser breve aqui. Essa região é uma região que tem um potencial enorme. Há um ano e meio atrás, presidente, nós tivemos aqui na cidade vizinha de Patrocínio um produtor de café que, devido à altíssima qualidade da safra dele, conseguiu vendê-la a 67 mil reais a saca. Não chega a ser tão valoroso quanto o ouro não, ministro, mas é quase que isso. Eu ganhei um pacotinho e fui consumindo ele devagarzinho. Falava isso aqui, com ouro tem pouca diferença. E o que nós estamos fazendo aqui em Minas com café é isso. É o mesmo que sempre se fez com vinho. Não tem vinho de todo valor? De 30 reais, de 50, de 100, de 500, de mil, de 10 mil? Por que não podemos ter o mesmo com café? O Estado tem dado todo o apoio. Aonde eu vou, fui até lá no Papa levar café de Minas Gerais. Estamos mostrando que além de café commodity, que continua sendo produzido, nós temos cafés diferenciados aqui em Minas. Com queijo não é diferente. Vamos ter em breve a ExpoQueijo, a maior exposição de queijo do Brasil, onde os nossos produtores que muitas vezes vão para a Europa disputar concursos na Itália, na França, na Espanha, voltam em primeiro lugar. Hoje o que se produz em Minas Gerais tem qualidade igual a de qualquer lugar do mundo. E isso me deixa muito orgulhoso. E tem impacto na renda das pessoas. Estive lá em Varginha dois anos atrás com a dona Maria José, uma viúva produtora de café. E ela veio me mostrar orgulhosa que hoje 20% da safra dela é de café especial e que ela consegue um preço muito superior ao café comum. E que estava contratando mais gente. E é por isso que o desemprego em Minas Gerais é um dos menores dos 20 anos quando esse histórico começou. 5,8%. Vim conversando com o deputado Bosco, agora na viagem, e ele me falando que em várias cidades não há mão de obra. Penso que aqui em Serra do Salitre, na região, não é diferente. O que é um ótimo problema. Vamos, até o final da minha gestão, que falta dois anos e nove meses, entregarmos para os mineiros a marca que eu vou ter mais orgulho. Um milhão de empregos com carteira assinada. Sem considerar os que vêm de carona na informalidade. Isso muda a vida de qualquer estado. E Minas hoje está no caminho certo para o desenvolvimento. Aquele estado caótico, que não pagava ninguém há cinco anos e meio atrás, não existe mais. Nós estamos no caminho certo. Economia crescendo, emprego sendo gerado. Onde tem gestão, tem realização. Para mim é uma satisfação ver mais esse grande passo que vai fortalecer o nosso agro, que é uma das principais fontes de riqueza que temos.

Muito obrigado.

English transcription

Good morning. Good morning!

It’s a pleasure to be once again in Serra do Salitre. On behalf of President  Lula, I salute you, as well as all the authorities, and EuroChem’s executives and employees. And I’m going to break protocol a bit, my speech is going to be very quick, but I want to listen to those who are the most impacted by what’s happening here today, that is, the farmers. And you’ll hear a very brief speech, breaking protocol, by a farmer who’s very close to me, the Deputy Governor, Mr. Mateus Simões. Tell us how this will impact things here. 

*

Thank you, Mr. Governor. Mr. Governor, Mr. President, 115 years ago, my family left Florestal, near Belo Horizonte, on the back of a mule, to come to the “Rotten Flour” backlands, which is how this region is known. Right here, in Alto Paranaíba, where nothing would grow. A region that used to have nothing but precarious livestock, and where for 50 years many said it would never produce anything but a handful of corn to feed the chicken.

Then came the whole effort by COOPADAP, near here, in São Gotardo, to amend the soil. And we learned that Minas Gerais means “Mines” and so it had much to give to agriculture with its mines, we could amend the soil, we could make it fertile. Then, Mr. Governor, we started to have milk production, for the pasture was being amended, we started producing corn. When I left the farm at the age of 14 I left the farm where I lived, next to Araxá. Potatoes were starting to grow here, something that would have been impossible without fertilization. Later, the sugarcane mills  began to arrive as well as soybeans, and as I drive along the Canastra and see the wheat fields I wonder what my father, who died 25 years ago, would have thought knowing that you can produce anything on this land, thanks to the efforts of men and women like those, like Roberto, who enabled us to fertilize and amend our soil. I just wanted to extend, Mr. Governor, my gratitude to EuroChem, to the Federal Government, and to President Lula, for allowing Minas Gerais to become not only a major agricultural player, but part of the solution to the issue of ensuring fertilizing sovereignty and independence.

Thank you.

*

Thank you, Deputy Governor.  Well. From the agricultural sector, Mr. President, Minister Fávaro, we’ve been getting nothing but good news.  Only good news. 

We’re breaking record after record. Whoever has any connection with farmers, or is a farmer himself, knows about the state’s efforts. We have enhanced EMATER and IMA, which offer great support for farmers. At this very moment, CEMIG is making the biggest investment in the company’s history, to avoid a prolonged lower outage scenario. In 70 years, CEMIG has built 400 substations. Four hundred over 70 years. We’ve built 200 in six years.

Minas Gerais now grapples with a lack of electricity because unfortunately, in the past, it was a company that invested everywhere in Brazil, except Minas Gerais. And CEMIG is the State of Minas Gerais Power Company. Today, 100% of investments are made within the state. Our power limitations have a day to end. Five, six or seven substations are being delivered every month, including, Mr. Mayor, one in Serra do Salitre, Thirty six million in investments, which will go some way to alleviating this issue. And this lack of electricity also results from a positive scenario in our state, the fact that our economy has grown well above the Brazilian average. In 2018, Minas Gerais’ economy accounted to 8.8% of Brazil’s. The latest IBGE figures show 9.5%. And wherever the economy grows, energy is in demand. And there isn’t always so much energy available. 

The good news is that in addition to strengthening transmission and distribution, we’ve created in these five years and two months of my administration, about half of Itaipu’s capacity farming solar power, mainly in the north of the state. This means that in the medium and long term energy price rises will be lower. In fact, many people are already getting a discount when they manage to buy electricity, or subscribe straight from the supplier.  Yet, as I said, I want to be brief here.

This region has enormous potential. A year and a half ago, Mr. President, we had a meeting in the neighboring town of Patrocínio, with a coffee farmer who, due to the extraordinary quality of his crop, managed to sell a sack of it for R$67,000. It’s not as valuable as gold, Mr. Minister, but it’s almost that. I got a pack and relished it slowly. I’d say, “There’s very little difference between this and gold.” And that’s what we’re doing in Minas Gerais with our coffee. It’s the same as has always been done with wine. Aren’t there wines of every price? From R$30, R$50, R$100, R$500, to R$1,000, or even R$10,000? Why can’t we do the same with coffee? The state has offered all support.

I’ve even taken Minas Gerais coffee to the Pope. We’re showing… We’re showing that as well as commodity coffee which continues to be produced, we have distinguished coffees here in Minas Gerais. It’s no different with cheese. We are soon to hold the “ExpoQueijo”, which is the largest cheese fair in Brazil, where our farmers, who often take part in competitions held in Europe, in Italy, France and Spain, come back with the first prize. Today, Minas Gerais production matches that of any place in the world. That makes me very proud and impact people’s incomes as well.

I was in Varginha, two years ago, and met Maria José, a widowed coffee farmer, and she proudly showed me that 20% of her crop is specialty coffee, and she gets a much higher price than regular coffee and therefore was hiring more people. And that’s why unemployment rates in Minas Gerais are the lowest in 20 years of this historical period, standing at 5.8%. I was talking to Deputy Bosco on my way here, and he’s telling me there’s no manpower available in several cities.

I think that here in Serra do Salitre, in this region, is no different, and this is a “great problem.” Until the end of my administration, in two years and nine months, we’re going to deliver to the people of Minas Gerais, the milestone I take the most pride in: One million jobs with a formal contract, without considering… Not considering those working in the informal sector. This changes the life of any state.  And Minas Gerais is now walking the right path to development. That chaotic state that was in debt with everyone five and a half years ago,  no longer exists. We’re on the right track. The economy is growing, jobs are being created. Where there is management, there is achievement.

For me, it’s a pleasure to witness yet another step towards the strengthening of our agribusiness, which is one of the key sources of wealth we have.

Thank you very much.

DISCURSOS

NARRATIVA FOTOGRÁFICA

DEPOIMENTOS

CONTEÚDO DE REFERÊNCIA

EVENTO COMUNIDADE

FICHA TÉCNICA